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Em novo embate entre o governo federal e os grandes bancos brasileiros, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer acertar com banqueiros e representantes do setor uma solução para o rotativo dos juros do cartão de crédito.
Segundo informações divulgadas pelo Banco Central (BC), na última quarta-feira (26), a taxa de juros média cobrada pelos bancos nas transações com cartão de crédito o rotativo passou de 417,4% ao ano em fevereiro para 430,5% ao ano em março.
Segundo a instituição, esse é o maior patamar desde março de 2017, quando foi em 490% ao ano.
O crédito rotativo do cartão costuma ser cobrado de quem não pode pagar o valor total da fatura na data de vencimento.
O alto nível do rotativo chamou a atenção do ministro que disse que vai negociar com os grandes bancos uma redução na taxa de juros cobrada neste tipo de operação.
Segundo o ministro, o atual modelo de cobrança de juros rotativos está prejudicando o população de baixa renda e uma grande parcela de pessoas que têm restrições agências de proteção ao crédito.
Segundo Fernando Haddad, o encontro envolveu CEOs de grandes bancos, entre eles estão:
- O presidente do Bradesco (BBDC4), Octavio de Lazari
- O presidente do Itaú (ITUB4), Milton Maluhy
- O presidente do Santander (SANB11), Mário Leão
- A CGO do Nubank (NUBR33), Cristina Junqueira
A situação lembrava muito a tentativa do governo de baixar os juros do crédito consignado. Após a ‘canetada’ do governo, instituições como Itaú e Caixa chegaram a suspender o crédito por considerá-lo inviável.
Resposta de ‘bancos’
Bancos afirmam que altas taxas não são um problema fácil de resolver e reclamam que estão longe de chegar a soluções com o governo federal.
O grande problema desse tipo de crédito é que a inadimplência é muito alta entre quem não paga mais a fatura do cartão em dia.
Por isso, representantes do setor disseram estar estudando algumas medidas, como oferecem tarifas mais acessíveis a clientes pontuais, que passam pouco tempo no serviço rotativo.
Uma das principais justificativas dadas para os juros altos é o fato de consumidores podem parcelar sem juros, algo que só existe no Brasil, e que deixa o risco total com os emissores de cartões.
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